Data: 10-10-2012
Criterio:
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie arbórea de pequeno porte com ampla distribuição na Mata Atlântica da América do Sul, com intenso uso no preparo de bebidas tônicas (chás) e outras aplicações, como medicinal e cosmético. Historicamente coletada por índios, hoje seu uso habitual tem escala industrial, porém é muito cultivada e a pressão de coleta de folhas não levou a redução drástica da população natural, devido também a boa capacidade de regeneração. Embora não esteja ameaçada, é uma espécie dependente de medidas de conservação que assegurem a preservação da população natural, as boas práticas de manejo e o melhoramento genético. Trata-se de uma espécie modelo em que a pressão de uso não se configura uma ameaça e sim em oportunidade de aliar desenvolvimento com atividades sustentáveis.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Ilex paraguariensis A.St.-Hil.;
Família: Aquifoliaceae
Sinônimos:
Nomes populares: "mate", "erva-mate", "ouro-verde", "chá-verde".
Ainda ocorre o extrativismo, mas a espécie é cultivada. Alguns produtores coletam Ilex paraguariensis fazendo o manejo da população, o que contribui para a conservação da espécie. O uso como medicinal e em cosméticos está em expansão. O consumo da erva-mate é elevado, tendendo a crescer. A continuidade dos estudos químicos verificará o uso adequado da espécie como fitoterápico (Dickel et al., 2011).Alimentício, principalmente na produção de erva-mate, fresca ou torrada. Propriedades medicinais.
Uma subpopulação natural, livre de extrativismo, apresentou densidade de 52 indivíduos por hectare (Valente et al., 2011).
Não é endêmica do Brasil, ocorrendo nas florestas subtropicais e temperadas da América do Sul. Ocorre no país nas regiões Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Groppo, 2012). Extensão de ocorrência de 1.915.465,42 km², desconsiderando sua ocorrência pouco documentada na Amazônia.
Árvore de pequeno porte, de fuste curto e copa densa, perenifólia, de até 15 metros de altura. Espécie constituinte da floresta clímax do planalto, geralmente associada à araucária, a erva-mate muitas vezes cresce em densos agrupamentos, sugerindo manejo por índios. É importante frutífera para a avifauna, como sabiás e pombas. A espécie propaga-se naturalmente dentro da floresta, em clareiras. O cultivo é bastante complexo, desde a germinação até 120 dias e plantio entre 10 e 11 meses (Dickel et al., 2011).
1.2.2.1 International level
Situação: on going
Observações: Considerada "Quase ameaçada" (NT) em avaliação feita pela WCMC em 1998 (IUCN, 2011).
- GROPPO, M. Aquifoliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB004904>.
- WORLD CONSERVATION MONITORING CENTRE. Ilex paraguariensis in IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2, IUCN. IUCN. Disponivel em: <www.iucnredlist.org>. Acesso em: 22 May 2012.
- DICKEL, M.L.; RITTER, M.R.; BARROS, I.B.L. DECORADIN. L.; SIMINSKI, A.; REIS, A. Ilex paraguariensis. Brasília: MMA, 2011.
- VALENTE, A.S.M.; GARCIA, P.O.; SALIMENA, F.R.G.; OLIVEIRA-FILHO, A.T. Composição, estrutura e similaridade florística da Floresta Atlântica, na Serra Negra Rio Preto - MG. Rodriguésia, v. 62, n. 2, p. 321-340, 2011.
- GROPPO, M. Aquifoliaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009.
CNCFlora. Ilex paraguariensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ilex paraguariensis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 10/10/2012 - 18:46:24